Monitorando os pontos de captação de água bruta e acompanhando os relatórios emitidos pelos órgãos oficiais de meteorologia, a CASAN pede à população catarinense que use água da forma mais racional, economizando à medida do possível.
Fechar a torneira ao ensaboar a louça, escovar os dentes ou ao fazer a barba são formas simples e factíveis. “Neste período em que a estiagem predomina, tomar banhos rápidos é um ato de solidariedade à natureza e aos cidadãos que residem em áreas altas, cujo abastecimento é mais complexo por exigir pressão e vazão sempre altas”, diz o engenheiro Bruno Kossatz, gerente de Políticas Operacionais da CASAN.
Aproximadamente 75% da água consumida numa casa são gastos nos banheiros. Por isso a relevância de evitar banhos prolongados: estima-se que a cada minuto no banho há um consumo de 10 litros de água.
Em hipótese alguma a mangueira deve ser usada para lavar casas, pátios, calçadas ou regar as plantas. A CASAN sugere que a população use vassoura nesses casos e se valha apenas de regador para manter as plantas hidratadas.
Pouca chuva
Dados divulgados no dia 9 por Epagri-Ciram, INMET e Agritempo comprovam que a estiagem se expandiu em relação à última análise. Além do Meio Oeste, Planalto Norte, Alto Vale do Itajaí e um pouco do Planalto Sul, a porção sul do Litoral Sul também soma 30 dias sem chuva acima de 10 mm diários.
De acordo este boletim hidrológico, encontram-se em situação de emergência por estiagem as estações de nível de rio de Tangará (Bacia do Rio do Peixe), José Boiteux (Bacia do Rio Itajaí-Açú), São João Batista (Bacia do Rio Tijucas), Concórdia (Bacia do Rio Jacutinga), Camboriú (Bacia do Rio Camboriú) e São Martinho (Bacia do Rio Tubarão). E encontram-se na iminência de entrar para estado de emergência as estações de Joaçaba (Bacia do Rio do Peixe), Rio Negrinho (Bacia do Rio Negro), Itapiranga (Bacia do Rio Peperi-Guaçu) e Alfredo Wagner (Bacia do Rio Itajaí-Açu).
Investimentos e colaboração
Nos últimos cinco anos a CASAN fez fortes investimentos nos Sistemas de Abastecimento de Água de todo o Estado, espalhando 84 novos reservatórios de diferentes portes, construindo ou modernizando mais de 40 estações de tratamento, abrindo mais de 150 poços onde os aquíferos permitem e implantando mais de 200 quilômetros de grandes adutoras. Esses investimentos têm permitido aos municípios do Sistema CASAN atravessar sem sobressaltos estiagens como a do ano passado, que se estendeu praticamente de maio a setembro.
“Nesse momento ainda não está faltando água tratada no Oeste, mas precisamos muito da colaboração consciente da população”, diz Écio Bordignon, superintendente regional do Oeste. “Os rios estão muito baixos, mas precisamos economizar para evitar dificuldades”, alerta José Ricardo Gonçalves, superintendente Norte-Vale do Itajaí.
Na Região Metropolitana da Grande Florianópolis, no entanto, a situação é mais tranquila em termos de chuvas e nível dos mananciais.
Fonte: Casan